Não é necessário nesse momento pontuar todas as suas glórias e conquistas para comprovar o grande jogador que foi, pois na minha concepção a maior conquista de Ronaldo foi conseguir ser, em todos os momentos, o mesmo Ronaldo Nazário que cresceu e que viveu a maior parte da infância/adolescência na periferia do Rio de Janeiro. O que o tornará a partir desse momento um dos grandes heróis de toda uma geração de brasileiros é em grande parte essa pessoa que ele é e não o jogador que foi.
Como jogador não há nada a contestar, um dos maiores de todos os tempos, três vezes eleito melhor jogador de futebol do mundo pela Fifa com vários títulos conquistados pelos clubes em que atuou.
No entanto, nessa terça não será nada disso que iremos lembrar, não são os momentos "facéis" que farão com que nos emocionemos ao ve-lô atuando pela última vez, mas sim o momento mais difícil de sua carreira: a dura lesão sofrida quando atuava pela Internazionale e a superação demonstrada por ele para vencer essa difícil etapa culminando com o marco da conquista do pentacampeonato mundial em 2002. Esse foi o auge, esse é o grande momento que todos lembram com carinho e que guardam na memória.
Para finalizar, acredito que falo em nome de toda uma geração quando digo que Ronaldo é, a partir de agora, o mais novo integrante de uma galeria de heróis nacionais que até esse momento contava apenas com Ayrton Senna. De hoje em diante teremos mais um cara para servir de inspiração para nós, cientes de que basta revermos alguns momentos desse célebre personagem para nos emocionarmos.
Diante disso tudo não há mais o que dizer, a não ser: Muito Obrigado Por Tudo, Fenômeno.
Nota: quem for ao Pacaembu assistir ao jogo. Esqueçam pelo menos uma vez que são brasileiros que só sabem vaiar e aplaudam a ele que merece e MUITO.
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